No último dia 18, o Senado aprovou a volta do despacho gratuito de bagagem em voos. O texto foi sancionado pela Câmara dos Deputados no último dia 25 de maio e agora precisa ser sancionado pelo presidente em exercício para que o consumidor final possa enfim desfrutar da alteração.

Desde 2017, quando foi aprovada uma resolução da Anac permitindo a cobrança de bagagens despachadas pelas companhias aéreas, não faltam reclamações, já que cada empresa estabelece o critério de cobrança e as dimensões das malas.

A Anac justificou que a cobrança aumentaria a concorrência e poderia reduzir os preços das passagens, que agora, estão aumentando devido ao custo do querosene.

Se sancionada, a nova regra permitirá despacho gratuito de bagagem até 23kg em voos nacionais, despacho gratuito de bagagem de até 30 kg para voos internacionais.

Além disso, a prática de cobrança feita pelas companhias aéreas deve ser classificada como abusiva por parte do Código de Defesa do Consumidor.

Despacho gratuito gera desconforto em setor de turismo e pode afastar empresas “low cost”

Apesar de agradar o viajante, a volta da gratuidade deve afastar empresas aéreas que oferecem voos muito baratos, mas que cobram valores adicionais por itens como bagagens, alimentação e marcação de assentos conhecidas como “ultra low cost”.

O texto desagradou empresários e integrantes da Anac, que afirmam que o Brasil estará na direção oposta do que vem ocorrendo no mundo e a gratuidade pode aumentar ainda mais o valor das passagens.

Até o momento, nenhuma empresa aérea se manifestou publicamente sobre o caso, já que a gratuidade as estaria favorecendo afastando empresas low cost que já atuam em países vizinhos e que estariam interessadas em atuar no Brasil após o longo período de pandemia.

Um desses representante das empresas low cost afirmou em entrevista que “a bagagem despachada aumenta custos de combustível aéreo e de pessoal em solo – os dois maiores custos das empresas aéreas”.

Ainda na entrevista concedida ao G1, ele afirmou ainda que números da América do Sul mostram que entre 35 a 50% dos passageiros não viajam com bagagem despachada, mas passariam a pagar uma tarifa maior, como se despachassem.

Como exemplo, ele afirma que alguns voos domésticos em países como o Chile são oferecidos por US$ 15. Apenas o custo de bagagem despachada é de US$ 10. Se tivesse que oferecer o despacho automático, o voo não sairia ao consumidor final por menos de US$ 25 a US$ 35.

Se tiver dúvidas deixe nos comentários que responderemos assim que possível. Também acompanhe nossas redes sociais para ficar por dentro das nossas novidades e lançamentos!

Leave a Reply